Aldina Duarte é fadista, uma das novas estrelas do fado, uma daquelas estrelas brilhantes que de noite nos iluminam o caminho, dissecando os pormenores mais simples e complicados da vida numa voz envolvente.
Assistir a um dos seus espetáculos, em Aveiro, foi um dos momentos da minha vida que ficaram para sempre gravados na minha pele.
Do seu último album (Crua) destaco este fado, com letra de João Monge:
À PORTA DA VIDA
Bati à porta da vida,
rasguei os ossos da mão,
fugi de cães a ladrar.
Fui muitas vezes vencida,
deixei um rasto no chão
mas não deixei de cantar.
Bati à porta da vida,
sequei a cara nas mangas,
virei os olhos ao céu.
Dei-me ao fado assim vestida
de amor, ciúmes e zangas
porque este fado sou eu.
Nenhuma faca me corta...
Perdi o medo do mar,
levei o mar de vencida.
Encontrei a minha porta,
nunca deixei de cantar
e moro à porta da vida!
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