O ínico foi do fim nunca do próprio início quando tu serenamente mexias o café fazendo círculos geometricamente perfeitos e a tua mão não saía do teu joelho. Olhavas para a espuma do café, perdias nela o teu olhar inquiteto e o teu sorriso vesciral.
A minha presença era mais uma ausência.
Invejei ser a espuma de um café.
As palavras eram de silêncio.
Os gestos viciados.
Os sentimentos armazenados num baú perdido.
A conta veio pela mão do empregado mas o teu olhar já tinha
saído à muito tempo e pagei eu a conta.
Não era muito dinheiro mas era daquele café que não era eu mas a espuma do teu olhar.
Não tinha dinheiro comigo nem o teu nem o meu sorriso.
Não foi preciso o corpo para pagar.
Só um pedaço do meu coração.
Saí para a rua e perdi-me nos paralelos da cidade.
Etiquetas: Marina Romana
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial