segunda-feira, abril 02, 2007




as folhas amarelas caem

quando o vento as abraça

no murmúrio da tua voz

ilaçada de pérolas ferozes


no chão coberto pelo fogo

as linhas da tua sombra

tomam-se de vida agreste

como o mar toma-se de rio


aí nesse instante assombroso

as ruínas de um velho teatro

implodiram ao uivar de um lobo


o silêncio cobria o vento agora

e o movimento dos teus olhos

raspava muito ao de leve no meu braço

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