terça-feira, março 31, 2009

Desejo

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domingo, março 29, 2009

Beleza pura!


[Miss Angola]



[Princesa Pinga]



[Dom Farrusco]



segunda-feira, março 23, 2009

"One Rat Short"

from Alex Weil

o meu coração comoveu-se...

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quarta-feira, março 18, 2009

Português com um belo sotaque brasileiro!




Depois de ter tido o prazer de assistir, na sexta-feira e no domingo, respectivamente na fnac do GaiaShopping e na fnac do Norteshopping, à apresentação do disco Bossa Nossa, hoje à noite pelas 22h30 Márcia Barros reaparece no Café Lusitano.

Uma oportunidade para quem já segue a sua carreira a rever novamente.
Uma oportunidade para quem a desconhece se apaixonar.







"O título deste álbum 'O melhor da pop portuguesa, em ritmo Bossa Nova', faz jus ao conteúdo deste disco, pois nele reúnem-se alguns dos melhores temas da pop portuguesa das últimas décadas, em ritmo bossa nova, como: “Bairro do amor” (Jorge Palma), “Não sou o único” (Xutos), “Jardins Proibidos” (Paulo Gonzo), “O Pastor” (Madredeus), “Tudo o que te dou” (Pedro Abrunhosa) ou ainda “Perdidamente” (Trovante), entre muitos outros.

Uma nova leitura de vários clássicos de sucesso da melhor música feita em Portugal, em ritmo Bossa Nova e interpretados pelo projecto Bossa Nossa!
"
[SonyBMG]


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quarta-feira, março 04, 2009

Campo de Memórias

Esta semana passeei pelo campo da minha memória. No seu recanto mais remoto era um campo de futebol onde, uma vez por ano, se realizada a feira da fruta. Nessa altura, ganhava vida para além dos jogos de fim-de-semana nos quais os jovens rapazes da aldeia se divertiam. Vários stands de fruta dos agricultores do concelho apresentavam os seus produtos e concorriam com a sua melhor fruta para os prémios em concurso. Ainda me lembro de, numa dessas feiras, ver um tomate quase do tamanho de uma melancia. Quanto maiores e desporpocionais fossem os tamanhos das frutas ou vegetais maior a probabilidade de se ganhar o primeiro prémio.
A grandiosidade e popularidade da feira aumentava de ano para ano. E em cada ano, mais visitantes vinham de todos os cantos do nosso distrito. E em cada ano mais agricultores reclamavam o seu stand para mostrar os seus produtos. Começaram também a existir barraquinhas de artesanado, barraquinhas com diversões, barraquinhas de pipocas e algodão-doce e até construíram um palco para as bandas de rock e grupos de folcore animarem a malta.
O orgulho desta pequena aldeia era visível. Cada vez mais pessoas a reconheciam no grande mapa que é Portugal. E cada vez mais pessoas da aldeia se voluntariavam para ajudar na sua organização, como foi o caso da minha mãe, que não só passou a fazer parte do seu staff mas que, quando chegou a altura de construír a sua casa, o fez no terreno junto ao local onde anualmente se realizada a feira. Dizia ela, assim não preciso andar muito para ir às festas, é só saír de casa e entrar na feira. O que ela desconhecia é que passado dois ou três anos a festa acabaria.
A festa acabou. As pessoas desapareceram. A fruta está para sempre fora de época. Já não há pomares de maçã nem pomares de pêras nem vinhas. Os terrenos povoados de fruta deram lugar a pinhais ou eucaliptais ou simplesmente estão abandonados. Abandonados como a aldeia, como o campo.
Os jovens cresceram. Tornaram-se adultos mas não como os seus pais. Eu sou uma dessas jovens que tal como tantos outros virou as costas à tradição agrícola da nossa aldeia. Muitos de nós fomos estudar para outras terras e por lá ficou na sua vidinha. Os que da minha geração ainda vivem aqui dedicaram-se a outras actividades. E os mais novos não têm memórias desses tempos.
O campo de futebol que anualmente ganhava vida com fruta e música, agora está ao abandono. Lembra-me aquelas aldeias norte-americanas de cowboys abandonadas, percorridas por ragadas de vento, que vemos nos filmes.
Não tenho moral para dar lições de moral. Só tenho saudades do que já foi a minha aldeia.










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