quinta-feira, janeiro 10, 2008

Uma Sugestão para quem tem filhos!


Um dos meus gostos de sempre é a leitura. Este foi-me incutido em tenra idade pela minha avó. Por isso, quando ouvi falar dos “Miaus” achei logo uma boa ideia para dar a uma criança e, assim, incentivá-la ao fantástico mundo da imaginação escrita.





“Pegar numa história como “Os Maias” de Eça de Queirós e contá-la de forma simplificada aos mais novos foi a ideia das autoras Sara Rodrigues (guionista) e da caldense Cristiana Resina (ilustradora). A obra designa-se “Os Miaus” - já que são gatos que dão vida às personagens e tem vindo a conquistar os leitores mais novos. O lançamento da obra nas Caldas decorrerá em Setembro.
Em “Os Miaus” a família Maia “ganha pêlo, bigodes e garras afiadas” as várias personagens queirosianas do século XIX deixam de fumar e de beber e passam nesta história a beber muito leite e a comer biscoitos. A caldense Cristiana Resina adora ilustração e foi em parceria com a sua amiga Sara Rodrigues que deu vida a este livro. Esta última é guionista enquanto que Cristiana Resina está ligada à decoração infanto-juvenil. Ambas estudaram Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa.
A ideia de simplificar “Os Maias” partiu de uma conversa entre as duas autoras onde recordaram desenhos animados educativos em que se usavam marionetas para aproximar os mais novos das personagens de Shakespeare. “Eram séries que nos influenciaram e que ainda hoje nos lembramos”, disse a ilustradora. E foi nessa altura que repararam que há uma grande lacuna a esse nível em Portugal. Então, “arregaçaram as mangas” e começaram a trabalhar para dar a conhecer os grandes clássicos portugueses aos petizes. Pretendem que estes comecem a interiorizar as histórias muito antes destas serem obrigatórias na escola. “Achámos que fazia sentido arrancar com “Os Maias” pois, para além de ser um dos mais importantes, é também o favorito de ambas”, contou a ilustradora.
As personagens queirosianas da família Maia são representadas por gatos e por isso o nome passou a ser Miau. Com os animais foi mais fácil contar o enredo que envolve o relacionamento entre irmãos.
As autoras resolveram a questão explicando que Carlos de Miau e Maria Eduarda foram tirados da mesma ninhada e que cada um tinha seguido o seu destino.
Este livro destina-se a leitores desde o primeiro ciclo até aos 12 anos, só que, feita a experiência entre filhos, sobrinhos e amigos, “deparámo-nos com a grata surpresa de que os pequenitos, de três ou quatro anos, também gostam e alguns pedem para lhes lerem os gatos todas as noites”, revelou a autora.
Para a imagem, Cristiana Resina utilizou aguarela, carvão e lápis de cor e depois trabalhou tudo com o auxílio do computador, o que lhe permitiu trabalhar vários pormenores.
A reacção da editora Asa ao projecto foi “muito boa pois decidiu inclusive iniciar com esta obra uma nova colecção “Clássicos a Brincar” e, à partida, “há um segundo volume já pensado”.
Cristiana Resina considera que o projecto “tem pernas para andar” pois acha que “os pais estão cada vez mais sensibilizados para a importância da leitura”. As autoras já fizeram a candidatura para que “Os Miaus” possam fazer parte do Plano Nacional de Leitura.
O livro chegou às livrarias em Julho e, sem qualquer acção de promoção, “chegou aos tops de algumas livrarias”, contou a jovem. No próximo mês estão pensadas várias apresentações desta obra, incluindo nas Caldas, através da Livraria 107.
Cristiana Resina encara a ilustração como um passatempo pois dedica-se à decoração infanto-juvenil. Esta jovem possui uma loja, em Campo de Ourique (Lisboa) e também fornece várias lojas. Vai agora começar agora a dedicar-se à exportação. “


in Gazeta das Caldas

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segunda-feira, janeiro 07, 2008

Morreu Luiz Pacheco



O escritor e crítico literário Luiz Pacheco, de 82 anos, faleceu sábado à noite, tendo dado entrada já sem vida no Hospital do Montijo, que registou o óbito às 22h17.

Nascido em Lisboa a 7 de Maio de 1925, Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco frequentou o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, mas acabou por desistir devido a dificuldades financeiras.

Luiz Pacheco publicou dezenas de artigos em vários jornais e revistas, incluindo o antigo Diário Popular e a Seara Nova, e acabou por fundar a editora Contraponto em 1950, onde publicou obras de escritores como Raul Leal, Mário Cesariny, Natália Correia, António Maria Lisboa, Herberto Hélder e Vergílio Ferreira.

Dedicou-se também à crítica literária e cultural, ganhando fama como crítico irreverente, que denunciava a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime do Estado Novo.

Com uma vida atribulada, por vezes sem meios de subsistência para sustentar a família, Luiz Pacheco chegou a viver situações de miséria que ia ultrapassando à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues.

Foi nesse período difícil da sua vida que se terá inspirado para escrever o conto "Comunidade" (1964), que muitos consideram ser a obra-prima de Luiz Pacheco.

A "Carta-Sincera a José Gomes Ferreira" (1958), "O Teodolito" (1962), "Crítica de Circunstância" (1966), "Textos Locais" (1967), Exercícios de Estilo (1971), Literatura Comestível (1972) e "Pacheco versus Cesariny (1974), são apenas algumas das muitas obras publicadas por Luiz Pacheco.

Nos últimos anos Luiz Pacheco viveu num lar em Lisboa, de onde se tinha mudado há alguns meses para casa de um filho e, posteriormente, para um lar no Montijo.


Fonte: PUBLICO.PT

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terça-feira, janeiro 01, 2008

A PRIMEIRA FOTOGRAFIA DO ANO - LOL!

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