quinta-feira, abril 17, 2008





vejo o teu corpo estendido
na outra margem
por ele passam
mulheres e homens
velhos e crianças
putas mendigos e drogados



amante tantas vezes
amado e odiado
nesses teus braços eu
dancei chorei caí
morri e renasci
e do cimo das tuas coxas
envolta em neblina
eu gritei sou tua
sou tua
sou tua




nesta hora temida
mas não distante
tudo me afasta
da tua boca
que sem vezes me engoliu




carrego o teu corpo
nos meus olhos




adeus!...

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